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Aí está o Brasileirão de 2025, o qual confirma que a redescoberta da Terra de Vera Cruz pelos portugueses também se faz através do futebol. Se nas últimas épocas assistimos basicamente
ao desembarque de treinadores no principal campeonato canarinho, com o enorme sucesso que todos conhecemos – Jorge Jesus, Abel Ferreira e Artur Jorge levaram, respetivamente, Flamengo, Palmeiras e Botafogo aos títulos de campeão do Brasil e à conquista da Taça dos Libertadores –, agora também os futebolistas lusos começam a ser seduzidos, ao ponto de superarem pela primeira vez o número de técnicos. Isto numa altura em que Jorge Jesus está a ser apontado como forte candidato a vir a liderar a seleção do Brasil.
Em 2025, haverá seis jogadores portugueses na Série A – Sérgio Oliveira, Gonçalo Paciência e João Silva (Sport Recife), Nuno Moreira (Vasco da Gama), Cédric Soares (São Paulo) e Rafael Ramos (Ceará) –, contra os cinco técnicos, a saber: Abel Ferreira (Palmeiras), Renato Paiva (Botafogo), Leonardo Jardim (Cruzeiro), Pedro Caixinha (Santos) e Pepa (Sport Recife). Ao todo, foram registados 135 futebolistas estrangeiros, de 18 nacionalidades distintas, distribuídos por 19 dos 20 clubes – só o promovido Mirassol tem uma base 100% brasileira. A grande maioria (130) continua a ser de países da América do Sul, mas, além de Portugal, há ainda jogadores oriundos de outros países europeus, como Espanha, Países Baixos, França, Suíça, Bélgica e Dinamarca, e de África (Angola e da República Democrática do Congo).
Este campeonato marca o regresso a casa de Neymar, a maior estrela do Brasil na última década. Após brilhar no Barcelona, no PSG e da azarada, mas milionária, aventura nos sauditas do Al Hilal, o craque tenta relançar o final de carreira no Santos. Tudo isto confirma que o futebol brasileiro continua a crescer desde o Mundial 2014, que a Série A está cada vez mais atrativa, desportiva e financeiramente.