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Os últimos tempos têm sido difíceis à escala global e, infelizmente, não se avizinham melhores dias, com guerras e estratégias geopolíticas com alto gabarito de loucura, hipocrisia e ausência total de humanismo. A recente reunião na Casa Branca entre Zelensky, Trump e Vance, foi claríssima de que ventos fortes se aproximam da Europa. Percebi que grande parte das opiniões abonam a favor de Zelensky, enquanto homem que, sem medo e sem baixar os olhos do “oligarca americano”, saiu mostrando coragem face a valores que não quis perder. Mas o problema é o outro lado da moeda.
Não nos podemos esquecer que a partir desse momento, a Europa ganha novos desafios, como estar preparada para entrar numa possível terceira guerra mundial ao lado da Ucrânia, perante dois leões loucos, Putin e Trump, igualmente mentirosos, sem limites, ausentes de qualquer humanismo e apenas voltados para números financeiros. Para eles, tudo se compra, tudo se vende, não têm código de conduta dentro das diplomacias internacionais.
Porém, estes tempos coincidem com uma Europa há anos desestabilizada, com fraca liderança política e pouca união. Este é o problema e não gostava de ver os nossos filhos e netos, irmãos e sobrinhos, irem para a guerra, como foram os nossos pais e avós, que carregaram a vida toda, memórias de morte, destruição e separação. Que o avanço civilizacional que conquistamos na Europa a partir da segunda guerra mundial, de segurança e ajuda mútua, não seja posto em causa. Que a Europa saiba criar forças para ultrapassar este difícil tempo.