Noticiou-se, há dias, um relatório sobre a pobreza, elaborado por fonte insuspeita. O nosso País ocupa uma posição preocupante e, uma leitura fria do assunto, torna o Futuro ainda mais complicado.
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Para a crónica, elaborada por um velho socialista, confesso-me chocado com o estado a que a governação do PS está a conduzir o País, eliminando a classe média, suporte da Democracia e ampliando bolsas de pobreza. Ouvi na TSF, José Manuel Pureza, insuspeito, dizer que “pobreza é ordenado”, seja, para lhe escapar é preciso que quem trabalha ganhe mais, pois hoje são pobres muitos que trabalham mas não cobrem com o que recebem as necessidades básicas.
É sabido que os jovens qualificados “batem a asa para o exterior”, onde têm possibilidades de singrar como não têm cá dentro. Isto não se resolve com “esmolas”, seja “dar com uma mão e tirar com as duas”, como diz a Oposição e é a lógica da “máquina fiscal” montada.
Vencimentos do trabalho e impostos pagos por quem produz são os dados da equação que precisa de ser corrigida e propostas não faltam, mas pelo caminho seguido, não se vislumbram incentivos à melhoria de produção e criação de riqueza sustentada, além de contribuir para a irritação e desespero dos trabalhadores que põem a “máquina económica a funcionar”.
Empobrecimento é isto, os governantes e políticos dependentes não perceberem o País, não saberem que o seu trabalho, de representação de quem os elegeu, é o Futuro e não o próximo acto eleitoral que lhes assegure emprego.
Combater o empobrecimento coletivo e fortalecer a débil Democracia em que vivemos implica compromissos partidários e capacidade negocial, também responsabilidades cívicas, tarefas que se podem juntar quando temos políticos responsáveis e competentes e não “clubismos partidários” gritando vitórias que só eles veem e o Futuro duvida que venham a ocorrer.