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Festejada por todos, esta estação traz desanuviamento psíquico e estético, levanta a Alma acabrunhada pela chuva e frio e devolve a alegria das árvores pelo regresso das flores. Este ano, a Primavera levou-nos um Homem Bom, Rui Nabeiro, empresário de sucesso e Amigo da sua terra, do seu Povo e do País. Todos o reconheceram como tal e muitos desejariam que o País e os governantes fossem assim. Povo justo e reconhecido quando sente que alguém mais responsável lhe faz bem.
Vivemos a "crise de inverno", que nos caiu em cima de forma inesperada e, em parte, provocada por más governações e o exemplo deste cidadão exemplar que nos deixa obriga a reflexão que não deve ficar só pelo reconhecimento do que fez da vida. Tem de servir também como exemplo de dedicação humana e social, de "Amigo do outro" e que obriga ao direito de exigência a quem governa para que ponha os interesses de todos, como Povo e Estado, acima dos pessoais ou ideológicos.
A Primavera traz Poesia e dela também precisamos, um dos nossos melhores governantes históricos, D. Dinis, foi também Poeta e de grande visão estratégica, consolidou o "mapa do retângulo", olhou o mar e previu que era precisa madeira para as caravelas com que o iríamos navegar, mostrando que "antecipar o futuro" era uma forma de sobrevivência, aquilo que hoje parece ser esquecido.
Entramos na Primavera mas parece que não sabemos "fechar o guarda-chuva", virar a página dos erros e desilusões e assumir com coragem e ambição os tempos futuros. Temos uma geração jovem melhor preparada que a anterior, mas precisamos de apontar caminhos sérios e seguros ao seu desempenho, começando pelos exemplos de gestão do Estado e desafio ao patronato e sindicatos para assumirem a tarefa comum do Bem Nacional.
* Arquiteto e professor