Primeiro teste aos eleitos
A acessibilidade é estruturante. Isso percebe-se bem em lugares longe de autoestradas, ferrovias modernas e aeroportos, a perder vitalidade e população. Em contrapartida, perto dos nós essenciais, é fundamental fazer boas escolhas.
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Por isso, espera-se que, com sangue novo pós-autárquicas, haja visão estratégica e capacidade de evitar "metrobusices" e atenção a questões que condicionam o futuro de muitos e reclamam ação urgente. Espero que a AMP e os municípios de Gaia, Porto e Matosinhos vão a tempo de evitar:
- Uma estação de comboio rápido (TGV) num local imposto pela Mota-Engil (e companhia), para que as obras sejam mais fáceis do que em Santo Ovídio, comprometendo assim o interesse coletivo, porque fica longe da cidade alargada, obriga a remendo na Linha Amarela e fica sem ligação direta à Linha Rubi do metro;
- A construção de uma nova ponte rodoviária sobre o Douro, junto à de D. Maria Pia, destinada quase só a levar mais automóveis para as filas a caminho do congestionamento da Rua do Infante;
- O atraso (de cerca de 10 anos) da abertura de um novo terminal no porto de Leixões, que decorre da sua mudança para Norte, sobre aterro a fazer no lugar da marina, comprometendo assim a expansão rápida de um porto que já é apenas o quarto mais importante entre Corunha e Lisboa.
Precisamos de uma estação urbana em Gaia (e não longe), de melhores transportes públicos (e não de mais carros na cidade) e de um porto ampliado (mas com urgência).

