Sempre que se anunciam como candidatos, prometem “mundos e fundos” como se o dia seguinte à eleição fosse de “milagres”, ou seja, tudo acontecesse por magia.
Corpo do artigo
As autárquicas são as próximas e, do que se conhece, já andam por aí nuvens de promessas sem verdadeiro suporte de concretização. O Porto não é cidade de “acreditar sem ver” e quando tentam vender-lhe “gato por lebre” mais desconfiado fica.
Tem de encontrar solução para “problemas sérios” do seu futuro, fixar residentes, equilibrar sistema viário e rede regional de cruzamento e passagem (VCI e articulações inter-regionais), mobilidade interna e de área metropolitana, requalificação urbana e equilíbrio funcional do comércio, disciplina da ocupação turística, fortalecimento da imagem “património mundial” para além do “folclore barato” que só degrada.
Tudo isto deve ser discutido e não se resolve com “slogans” de ocasião para ocupar capas de jornais ou televisões de vazio. Exige estudo e fundamentação sérios, aquilo que os partidos têm esquecido e os cidadãos mais atentos já não acreditam.
Para dizer que as mesmas receitas do passado já não funcionam, os cidadãos podem ter dificuldade no que querem mas sabem aquilo que não querem e os candidatos, para lá da vontade de ocuparem os cargos, têm de demonstrar conhecimento dos problemas e possuir “artilharia técnica para o combate” que os “aparelhos” não estão habituados a dar. Chegar às chefias partidárias sem esforço e preparação não basta para o exercício político e os cidadãos, no geral, já o perceberam.