O Governo impôs que, a partir de hoje, as suas competências na área de ação social transitassem para as câmaras, num processo atabalhoado, com muitas indefinições e sem que o envelope financeiro corresponda às necessidades.
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No Porto a Câmara anunciou que manteria os protocolos com todas as instituições que colaboravam com a Segurança Social em matéria de acompanhamento do RSI e do SAAS - Serviço de Atendimento e Acompanhamento Social, salvaguardando a continuidade do apoio, no terreno, aos utentes. Mas, depois de tal ser anunciado, houve um volte-face e duas delas - a ADILO (Lordelo e Massarelos) e a Norte Vida (Paranhos) - foram excluídas do processo. Escolhendo a Câmara duas outras instituições com a "justificação" de que queria fazer uma "experiência", juntando em cada uma delas as competências do RSI e do SAAS (antes separadas). O único dado novo foi que um diretor, comum às instituições excluídas, se pronunciou publicamente discordando da posição de Rui Moreira quanto à criminalização dos toxicodependentes......
Na Assembleia Municipal, que votou esta proposta, a presidente da Junta de Lordelo do Ouro e Massarelos, por inerência presidente da ADILO, com dignidade, criticou esta decisão, porque tinham sido criadas expectativas e dados passos concretos para a continuação da colaboração e porque, nos seus 28 anos de existência, nunca fora posta em causa a competência da ADILO. Tendo votado contra. Rui Moreira não gostou e, numa intervenção com ameaças para o futuro, fez-lhe um ataque pondo em causa a ética da presidente da Junta. Que, realça-se, é a única presidente de Junta que, desde o início, incorpora as listas de Rui Moreira e que sempre se comportou, pelo menos publicamente, com total lealdade relativamente ao presidente da Câmara.
Não foi bonito, e reforçou a ideia, principalmente agora que não se pode recandidatar, que Rui Moreira convive mal com a crítica.
Deputado municipal