Corpo do artigo
Que a memória não seja curta: esta seleção apurou-se para o Europeu e ficou em primeiro na fase de grupos, sem nunca pegar na nossa habitual amiga, a calculadora.
Percebo que a euforia tenha ficado abalada com o último resultado, mas não vamos deixar de acreditar que o troféu de campeão europeu regresse a Portugal. A seleção só tem de alinhar com os jogadores mais decisivos nas suas melhores posições.
E seria um feito histórico para o cessante presidente da FPF que deixaria - aliás, já deixa - um legado difícil de igualar. Numa fase em que se agitam as águas para a sucessão, e com o pesadíssimo ónus de, a curto prazo, deixar de ter Cristiano Ronaldo, só os mais competentes, com capacidade de gestão financeira e experiência desportiva, estarão à altura de não retroceder nas conquistas que o talento luso nos habituou sob a batuta de Fernando Gomes.
Da Ásia a África, da Oceânia à América, não há quem dissocie Portugal de Ronaldo. CR7 é futebol. O seu talento, a sua resiliência, a sua capacidade de superação, tornou-o neste mito vivo, que, aos 39 anos, provoca nos amantes do jogo reações inexplicáveis. Para tristeza nossa, não será eterno em campo e isso significará uma perda muito relevante para o futuro elenco da direção da FPF.
Voltemos ao Euro e recordemos que o nosso melhor árbitro tem, com a sua equipa, honrado a arbitragem portuguesa. Mas não nos esqueçamos que o seu percurso no Europeu está inversamente dependente do sucesso da Seleção. E, sendo imensa a admiração pelo bom trabalho do Artur Soares Dias, nós queremos mais uma taça no Museu da Federação!