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A resolução para o novo ano é repetida, uma vez que por esta altura, em 2023, Marcelo Rebelo de Sousa já a tinha anunciada, assumindo agora uma ênfase mais efetiva: querer voltar a ser professor.
Apontando este objetivo após o término do seu segundo e derradeiro mandato enquanto presidente da República (em 9 de março de 2026), planeia dedicar-se a “atividades nas escolas básicas e secundárias”, não contemplando regressar a lecionar Direito na universidade.
A concretizar-se esta sua intenção entusiástica, será uma mais-valia para a educação e para as escolas do nosso país a dois níveis: promovendo a carreira docente e dando visibilidade à escola pública.
A escola necessita de permanente projeção e dinamismo, com enfoque na atividade primordial dos seus principais atores que, recusando-se a estagnar, acompanham a evolução natural da sociedade, reforçando a sua importância no seio desta.
O ano que se avizinha - fundamental para a educação - será marcado desde o seu início pelas negociações entre os diversos sindicatos e o Ministério da Educação, Ciência e Inovação. Julgo mesmo que 2025 será um ano determinante para novas conquistas (justas!) laborais e organizacionais, capazes de elevar as enormes potencialidades das nossas escolas, pontuadas por uma heterogeneidade que adiciona valor sob a égide da equidade e inclusão para e com todos, qualidades exemplares de uma escola democrática.
Atrevo-me a aconselhar o presidente da República a preparar o seu ingresso (duradouro?) nas escolas de ensino não superior, exercendo nos cerca de 14 meses finais do seu mandato uma magistratura de influências pró-educação, de modo a dotar os estabelecimentos de ensino de (i) recursos humanos (professores, assistentes técnicos e operacionais, técnicos especializados e superiores) que respondam às necessidades; (ii) melhores condições de trabalho para alunos e docentes; (iii) maior conforto nos diferentes espaços comuns (obras de requalificação urgentes); e (iv) de material digital suficiente e em condições ideais de funcionamento, etc., ajudando a eliminar a imensa burocracia, reconhecendo o mérito da escola pública.
2025 será ainda mais desafiante, impondo decisões assertivas que preconizem a excelência da educação, da escola pública, da escola, com ações positivas que arredem os pedregulhos do caminho daqueles que diariamente investem o seu melhor, envidando esforços para o desenvolvimento das nossas crianças e jovens.
A estes profissionais abnegados, teço aqui os mais rasgados elogios. Contamos convosco!