Corpo do artigo
Luís Montenegro fez uma pequena pausa na campanha para lançar um alerta aos eleitores e um apelo aos jornalistas no sentido de divulgar a ideia de que o ADN pode ser confundido com a AD. Estamos a falar da marca de uma coligação do PSD, do CDS e do PPM. Apesar da longa história do trio, qualquer semelhança com nomes, pessoas, factos ou situações da AD de 1979/80 é uma mera coincidência.
Foi a terceira vez que o presidente do PSD realçou que no boletim de voto a coligação que lidera “tem uma sigla, que é AD”. Mesmo que inadvertidamente, Montenegro acabou por mostrar insegurança sobre a força do ADN desta AD junto do eleitorado.
É verdade que a marca é também o seu nome e o seu grafismo. No entanto, as nossas marcas preferidas ficam em risco por tão pouco? Na hora da compra (do voto), seríamos capazes de cometer um brutal erro e pagar gato por lebre só pela confusão com o nome? Em princípio, não. Porquê? A razão é simples: as marcas que nós compramos, pela primeira vez ou de forma repetida, transmitem-nos um benefício ao qual somos sensíveis. As sapatilhas são muito confortáveis, o design é fantástico ou simplesmente são baratas? Quem se sentir convencido e atraído pela AD, seja qual for o motivo, não hesitará na hora da “compra”.