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Perante as sondagens que dão quase um empate técnico entre PS e AD, Pedro Nuno Santos está a fazer os últimos esforços para convencer os portugueses a dar uma vitória aos socialistas, dividido entre passar a mensagem do que de bom Costa fez e a má imagem que o Governo deixou, com escândalos e demissões em catadupa.
Dizem as estatísticas que, em condições normais, um Governo demitido da forma como foi, raramente o seu partido terá hipóteses. Mas a história também já nos deu outros exemplos, como quando Sócrates conseguiu vencer as eleições de 2009, apesar de uma situação económica difícil, com o país a entrar em recessão na sequência do eclodir da crise mundial de 2008 e um desgaste claro do então primeiro-ministro.
Perguntado se precisaria de ajuda divina para vencer as eleições, já que as apostas jogam contra si, Pedro Nuno Santos foi muito prático: “Precisamos é do voto do povo português”. E não é por acaso que o líder socialista centrou ontem a sua atenção nos pensionistas e nas mulheres, ameaçando que esta nova AD é também aquela que cortou pensões e que diminuiu os direitos das mulheres, atirando-se a Assunção Cristas e Paulo Portas, os pesos-pesados de Montenegro nos dias anteriores da campanha.