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Qualquer risco representa a possibilidade de ocorrência de eventos indesejados e essa probabilidade é refletida pelo grau de segurança com que se pode estar de que certo acontecimento se venha a concretizar.
Sabendo que o risco não é objetivamente mensurável nem quantificável, a sua determinação só pode ser alcançada pela análise de registos de acontecimentos anteriores, que permitirá a projeção para o futuro.
Na segurança interna essa análise é feita, anualmente, no RASI.
Por essa via, sabemos factualmente que 1378 funcionários ao serviço do Estado integrantes das forças e serviços de segurança foram vítimas de agressões. Um número que só por si deve merecer constrangimento e preocupação social.
Sabemos igualmente que 964 são profissionais da PSP, permitindo-nos concluir que, e isso é objetivo, representam 70% de todos aqueles funcionários do Estado agredidos.
Considerando a dimensão de recursos humanos afetos a cada um dos atores neste sistema, concluímos, por essa via analítica, que os profissionais da PSP continuam a apresentar médias superiores ao somatório dos demais servidores públicos.
Projetando estes números no futuro, num exigível exercício de determinação de risco, não há como concluir de forma distinta de a assunção do risco ser muito maior nos quadros da PSP.
E seria expectável que a valoração do risco fosse diretamente proporcional à retribuição remuneratória, pelo menos quando se engloba em suplementos essa condicionante.
Por cá, vamos atribuindo valores num racional de complexidades funcionais, de diplomas académicos, de critérios quantitativos de profissionais integrantes das respetivas instituições, e …o risco, esse, é mera semântica!