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A lei da reciprocidade deve ser parecida com aquela regra do azeite, vem sempre ao de cima. As regras que o novo governo dos EUA impõem ao resto do mundo em matéria de tarifas alfandegárias estão a ser devolvidas, na mesma moeda, não fosse a raça humana perita em dar o troco. Mas o abalo que tais decisões provoca no comércio global, veja-se, por exemplo, a indústria automóvel, está por calcular. Com prisões arbitrárias, deportações injustificadas, incumprimento de decisões judiciais, ninguém estranha que a Casa Branca tome medidas "protecionistas" (alegam) até contra uma ilha onde só vivem pinguins. De repente, as ilhas Heard e McDonald provam que ninguém está a salvo dos ímpetos de Donald Trump e enquanto a internet se enchia de humor sobre o tema, sobraram as críticas de economistas sobre a fórmula de cálculo para castigar os demais.