Não me entendam mal. Eu até agradeço que depois de semanas a fio sempre a falar do mesmo, hoje se faça uma pausa.
Corpo do artigo
Mas será que continua a fazer sentido que depois da parede mediática a falar daquilo que hoje não podemos falar se finja por 24 horas que amanhã não acontece nada?
As redes sociais também vão ser suspensas e as contas bot vão deixar de espalhar propaganda política? E como raio é que 300 mil portugueses (eu incluído) conseguiram realizar, no último domingo, aquele ato sem 24 horas de reflexão?
E os emigrantes espalhados pelo mundo que tiveram de colocar aquele papel com uma cruz num envelope com debates e tempos de antena a passar nas televisões? O tema não é novo, mas ainda ninguém se mexeu para repensar por que razão será preciso este interregno antes do ato? Reflitamos.
*Jornalista