O Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, I.P., tem vindo a promover práticas sustentáveis na produção e comercialização dos vinhos do Douro e Porto, adotando as melhores práxis e disseminando-as junto dos agentes e partes interessadas da Região Demarcada do Douro (RDD).
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Desta forma o Manual de Sustentabilidade para a RDD recentemente apresentado pretende contribuir para o incremento do negócio das Denominações de Origem Protegidas (DOP) Douro e Porto. Na verdade, os desafios da sustentabilidade exigem uma abordagem holística que considere as dimensões social, económica e ambiental da produção de vinho, envolvendo a adoção de práticas agrícolas sustentáveis, a promoção da conservação da biodiversidade, a redução da pegada de carbono, do uso de água e a mitigação dos impactos das mudanças climáticas.
Alinhado com a Agenda de Inovação para a Agricultura 2020- 2030 - Terra Futura - o IVDP, IP, tem vindo a adotar estratégias em alinhamento com o conceito One Health (Uma só saúde). Esta estratégia, considerada como uma atitude proativa, resulta de um esforço colaborativo numa vertente quadripartida, designadamente da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, da Organização Mundial para a Saúde Animal, do Programa das Nações Unidas para o Ambiente e da Organização Mundial de Saúde, em interface homem-animal-planta-ambiente.
O Instituto procura ser um catalisador do desenvolvimento sustentável, garantindo ao consumidor que a produção de vinho é uma atividade financeiramente viável, socialmente justa e ecologicamente responsável e, através da certificação, aumentar a competitividade da indústria do vinho a médio e longo prazos.
Também se espera que o Pacto Ecológico Europeu (Green Deal) traga vantagens para os agricultores dos quais se destacam retornos mais elevados, reforço do papel na cadeia de abastecimento alimentar, novas oportunidades de negócio, custos de produção mais baixos, ligação mais forte com os consumidores e novos mercados globais. Em paralelo a estratégia Farm to Fork visa acelerar a nossa transição para um sistema alimentar sustentável, gerando simultaneamente retornos económicos mais justos, fomentando a competitividade do setor de abastecimento da União Europeia e promovendo o comércio equitativo.
Presidente do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto, I.P.