Antes da dupla oportunidade para cortar as asas a um dos rivais na luta pela Liga e Taça de Portugal, competia ao F. C. Porto garantir três pontos em Vizela. Em caso de vitória ou de empate, o recém-promovido adversário subiria à primeira metade da tabela, mas os dragões sabiam que estes três pontos eram determinantes para os jogos que os separam de um "réveillon" antecipado no dia 30. Era imperioso limpar o caminho, sem alimentar dúvidas.
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É caso para dizer que andaram a par. A sociedade entre Díaz e Otávio funcionou em dose dupla na primeira parte e descansou a equipa, depois de quase uma mão cheia de oportunidades perdidas. A marcar e a assistir à vez, ambos foram fundamentais no jogo, até à substituição aos 59". A gestão física de outros jogadores (Uribe também saiu aos 75) foi o saldo positivo adicional de uma vitória que se construiu sem incertezas. Vitinha foi, de novo, o mais esclarecido e mostra, a cada jogo, que traz fiabilidade e arte a uma equipa confia nele para se sentir estável.
Dentro do jogo, o incompreensível. Parece ser impossível voltarmos a ver um penálti sobre Taremi. E, no entanto, eles existem. Em Vizela, mais dois ficaram por assinalar. Um escândalo, sobretudo porque o VAR tem a obrigação de os ver (o segundo, aos 31´, é gritante!). E, depois, outras interpretações com recurso ao VAR mostram a (falta de) qualidade de alguns árbitros: Schettine foi mal expulso num lance fortuito com Diogo Costa. A fazer lembrar a expulsão em Braga de Luis Díaz, em fevereiro, por se limitar a rematar à baliza. Vamos vendo, assim, coisas que nunca vimos. Arbitrar não é fácil mas complicar parece ser carimbo de artista.
Positivo: Entrar para ganhar, sabendo dos resultados dos adversários, sem temer ou temor. Um bom lançamento para os clássicos que aí vêm.
Negativo: Mais uma vez, golos desperdiçados antes de abrir o marcador. A eficácia trabalha-se, mas também tem faltado uma ponta de sorte.
* Adepto do F. C. Porto