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O momento de preparação e discussão de um Relatório de Atividades e Contas é, por definição, um exercício de rigor, transparência e responsabilidade. Agrupam-se factos e números que traduzem 12 meses de atividade, ainda que, neste exercício, com uma gestão bipartida, devido às eleições intercalares de abril.
Os resultados apresentados devem ser lidos de forma crua, mas sempre interpretados no seu contexto e na estratégia que lhes dá sentido. A atual Direção assumiu como prioridade uma gestão disciplinada das despesas operacionais das competições e departamentos, bem como uma tesouraria sólida, num quadro marcado pelo significativo investimento na nova sede, o Arena Liga Portugal, ativo estruturante e exigente em termos financeiros.
O exercício fechou com resultado positivo, apoiado em receitas extraordinárias, o que reforça a urgência de gerar fluxos recorrentes. Daí a centralidade de potenciar receitas no momento certo, gerir custos com rigor e garantir liquidez.
Mas a transformação em curso não se limita ao plano financeiro. A Liga Portugal prepara-se para a centralização dos direitos audiovisuais, para valorizar o seu produto, captar novas audiências, atrair investimento, crescer em inovação tecnológica e digital, internacionalizar-se e, sobretudo, acrescentar valor às Sociedades Desportivas que mais necessitam.
A verdadeira transformação resulta da conjugação entre a infraestrutura física e a infraestrutura imaterial: uma gestão sólida, profissionais qualificados, conteúdos relevantes e conhecimento aplicado.
A aprovação do Relatório de Atividades e Contas de 2024/25 representa, assim, um momento de elevação e confiança. É também um lembrete claro da exigência que recai sobre a Direção: gerir com transparência, disciplina e visão, preparando o futuro do Futebol Profissional português.