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Os relatos da megaoperação policial contra o Comando Vermelho em favelas do Rio de Janeiro dividiram a opinião brasileira. Se uns apoiam a iniciativa do governo estadual, bolsonarista, outros alertam para a letalidade da maior investida policial de que há memória. Por umas horas, o Rio de janeiro transformou-se numa espécie de Faixa de Gaza, onde o crime foi combatido com morte a eito. E se todos concordam que o crime tem de ser travado, poderá discutir-se se a forma como ali foi feito encaixa nos padrões de uma sociedade regida por normas. Como disse o fotógrafo Bruno Itan à BBC Brasil, "infelizmente, é sempre através da mira do fuzil. Nunca é através de uma ação social, de educação, de moradia, de saúde ou de cultura, que é o que a favela precisa para resgatar essas pessoas. Quando morre alguém lá no tráfico, tem uns dois ou três para entrar de novo."

