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Minas Gerais, um dos maiores e mais relevantes estados do Brasil, um dos estados historicamente mais próximos de Portugal, sempre soube equilibrar tradição e renovação. Em Sabará, um dos seus municípios históricos, essa dinâmica reflete-se na figura de Rodolfo Tadeu da Silva, atual presidente da câmara. Começou a sua trajetória como sargento, moldado pela disciplina, pela hierarquia e pelo sentido de dever. Mas a governação, quando bem exercida, não se sustenta apenas na rigidez das normas. Exige visão, escuta e sensibilidade. E foi assim que Rodolfo terminou poeta.
A sua história é mais do que um percurso individual. Simboliza algo maior: a capacidade das instituições se transformarem a partir de dentro. Minas Gerais vive hoje um momento especial, com dirigentes preparados, que compreendem que cultura e gestão não são opostos, mas complementares. Leônidas Oliveira, secretário de Cultura do estado, é o motor dessa nova abordagem: um responsável político que entende que tradição não significa imobilismo e que a cultura não pode ser tratada como um mero adorno.
Sabará, cidade com 350 anos de história, mostra que juventude e instituições não precisam de estar em conflito. Pelo contrário, quando se encontram, podem gerar mudanças reais e sustentáveis. Leônidas e Rodolfo representam essa síntese: líderes que não rompem com a estrutura, mas a renovam, impedindo que seja desmontada por quem não tem preparação. Eles sabem que a democracia não se protege sozinha. Precisa de quem a fortaleça internamente para que, externamente, não seja fragilizada por oportunistas.
E tudo se faz pela cultura. A cultura não é um pormenor, mas o alicerce do desenvolvimento. Quando se torna prioridade, a política deixa de ser apenas um jogo de influência e passa a ser um instrumento real de transformação.