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Sou fã de Rui Borges, já o disse e repito as vezes que forem necessárias, e é precisamente por ser fã que sinto que o posso dizer com tranquilidade e paz de espírito: Não percebo. Borges é acusado de pensar pequenino, de achar que o Sporting é o Vitória e de não gostar assim tanto dos miúdos da formação, há críticas com as quais concordo, outras que nem por isso. É por esse mesmo motivo, e por perceber o lado de quem vê este Sporting em campo, que continuo sem entender algumas decisões tomadas. Eu não treino com eles durante a semana, não faço ideia de como é estruturado, eu falo daquilo que vejo em campo, daquilo que sinto e daquilo que, enquanto adepta, gosto de ver e de entender. Na estreia da Champions, o meio-campo esteve muito fora de pé, Hjulmand e Kocho não foram suficientes para fazer valer a passagem da bola para o último terço e isso só mudou, com a entrada de Morita. O japonês, quando entra, faz a diferença e o mesmo aconteceu esta segunda-feira, a questão aqui é: se o meio-campo não estava a resultar na quinta-feira, porque haveria de ter resultado contra o Moreirense? "São equipas diferentes", bem sei, mas existe um velho ditado no futebol que diz que "equipa que ganha não mexe!" Eu não gosto de andar a sofrer até ao fim, gostava de ver o meio-campo seguro desde o início e isso, claramente, não está a acontecer com o georgiano. Atenção, ele tem muita qualidade no passe, mas quando toca a pressionar não faz o trabalho tão bem como outros. E Morita tem fases, ora faz, ora desaprende. Mas lá está, quem os treina, quem os conhece e quem prepara o jogo é Rui Borges, não eu. Ainda assim, e se me permite deixar a sugestão mister, experimente Fotis e Suárez, nem que sejam só 20 minutos antes do final do jogo, quando tirar o Pedro, vai-se a ver ainda resulta. Enfim, três pontos, são três pontos e se me disserem que ganharei todos assim até ao final do ano, eu pergunto já onde é que assino.
*Adepta do Sporting