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O sedentarismo é um dos causadores da obesidade, contribuindo para a diminuição prévia da destreza física e do coração. O organismo torna-se preguiçoso, a atividade física e intelectual deixa de ser estimulada e a morte torna-se precoce. Estudos demonstram que hábitos de sedentarismo refletem-se em sociedades menos ativas e menos saudáveis, numa relação direta com a morte!
O tempo de estar sentado de forma contínua está inequivocamente relacionado com o tempo de vida. Períodos contínuos sentados de 60 minutos exigem momentos de 5 a 10 minutos a caminhar. Assim, os passos que damos por dia estão relacionados com a nossa maior produtividade e longevidade.
As crianças não cumprem hoje as recomendações mínimas de caminhabilidade. À medida que aumenta a escolaridade a atividade física tem vindo a diminuir, o que é gravíssimo. Pior, ao contrário do que se pensa, ao fim de semana, as crianças e jovens ainda reduzem a componente física, inscritos num mundo tecnológico, isto exige ser invertido, estimulando-os a atividades mais ativas e saudáveis.
Posto isto, porque estamos a construir uma sociedade de sentados? Por preguiça? Por desmotivação? Porque o novo trabalho o exige? Porque as cidades não colaboram na acessibilidade? Porque não temos ruas confortáveis, seguras e inclusivas?
Estas são algumas das questões que hoje preocupam a sociedade que os criou e que urge resolver com políticas fortes, sem medo. A solução pode passar por redesenhar ruas de convivência, onde a prioridade seja dada ao peão na sua relação com os outros, numa escala de vivência humana.
Não esquecer: mais passos é dar-nos mais tempo de vida!