Há um dito no futebol que diz que cada jogo é um jogo. O sentido é claro: cada encontro tem a sua história e o que está para trás já não conta. Claro que não é verdade. Durante uma época, os jogos encadeiam-se uns nos outros e as causas de uns são consequências noutros e por aí fora - é também assim que se faz a história dos clubes.
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Isto para dizer que ninguém podia esperar que os jogadores do F. C. Porto chegassem a esta série de jogos na melhor condição física dado este calendário feito por um qualquer louco. Não fosse isso bastante, os árbitros e VAR, por uma coincidência absolutamente extraordinária, enganaram-se de forma evidente e chocante sempre contra o F. C. Porto e em jogos importantes como contra o Benfica, B-SAD e Braga.
Ora, ninguém no seu juízo perfeito pode olhar para o jogo com o Boavista e desenquadrá-lo da pouca vergonha que precedeu este jogo.
Desculpas, ouço o meu grilo falante. Não, não jogámos na primeira parte e podíamos ter ido para o intervalo goleados, a equipa entrou sobranceira e houve erros na sua formação. Sim, tivemos jogos mal conseguidos no princípio da época. Mas, nada, rigorosamente nada, absolutamente nada pode relativizar aquilo que nos fizeram nas últimas semanas. Não, não temos apenas que olhar para dentro de casa - aliás, no último mês o F. C. Porto jogou o melhor futebol de há muito tempo a esta parte -, empurraram-nos para baixo, um fenómeno paranormal de incompetência pôs em causa o trabalho dos nossos atletas e treinadores e atacou a casa comum dos portistas.
E agora? Agora é ganhar. Ganhar contra tudo e contra todos. Ganhar como se a carreira de cada jogador se resumisse a cada um dos 90 minutos até ao fim da época. Ganhar como se de cada jogo dependesse o futuro do nosso clube. Numa palavra: ser F. C. Porto.
+ O Francisco Conceição entrou no jogo com o Boavista e deu a volta ao jogo. O rapaz não é só um enorme talento, mostra uma fibra e uma vontade de vencer que até deve embaraçar alguns colegas da mesma idade. Mister, é o senhor que nos diz que são os melhores que devem jogar.
- Repugnam-me ameaças a árbitros e às suas famílias, não se pode descer mais baixo. Não há adversativa. Só que eu tenho memória e lembro-me que quem se faz agora de muito chocado e critica algumas palavras destemperadas de portistas (mea culpa) já fez muitíssimo pior. Vamos lá ganhar juízo, mas poupem-me a hipocrisias.
Adepto do F. C. Porto
