Depois de uma das melhores primeiras partes da época, com futebol de alta intensidade a atirar o adversário contra as cordas, três grandes oportunidades de golo e mais um par de hipóteses, o F. C. Porto demorou a concretizar o domínio.
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Sai para o intervalo com a margem mínima, após uma tremenda jogada de Taremi que, ultrapassando Artur Jorge com classe e pique, serviu Evanilson a surgir, na passada, na zona de penálti. Muito pouca eficácia para tanto futebol mas melhor do que um nulo que dificilmente seria gerível na 2.ª parte, perante um Moreirense que só podia melhorar e o inevitável declínio físico de quem havia jogado três dias antes nas competições europeias.
Antes do intervalo, o lance em que uma abordagem arriscada de Uribe poderia ter dado penálti, não fosse a falta fora de área e precedida de uma outra falta sobre Fábio Cardoso. Muita polémica conveniente e múltiplos visionamentos que, curiosamente, não aconteceram nos lances de possível penálti de Steven Vitória sobre Evanilson ou de Pasinato sobre Fábio Vieira (já reclamar grande penalidade no lance de Mbemba é risível, tão evidente é a típica "bola no braço"). Feitas as contas, Grujic e Steven Vitória são bem expulsos e nada de penáltis. De que se queixam os nossos rivais depois do que sucedeu em Alvalade, frente ao Estoril, com o penálti não assinalado de Matheus Nunes sobre Xavier aos 9 minutos?
Ganhar e sofrer é mais do que justo para quem se quer fazer campeão. O F. C. Porto não despiu o fato de trabalho mas teve que fazer minutos de sofrimento extraordinário porque foi perdulário. Ainda assim, com a leveza daquele sorriso de Zaidu e o ADN na marca 250 de Sérgio Conceição.
Diogo Costa sempre foi visto como um guarda redes de futuro. Mas defesas que são golos e relegar Marchesín para o banco sem que a rendição se coloque em causa é determinante.
Sem conseguir manter o ritmo da 1.ª parte, o jogo estava controlado e Taremi quase fazia 0-2. A exposição ao risco era inevitável após a expulsão de Grujic. Mas foram dois enormes calafrios, um deles por mau posicionamento.
o autor escreve segundo a antiga ortografia
*Adepto do F. C. Porto