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A principal Polícia nacional (PSP), que assim deve ser classificada face ao volume, diversidade e complexidade de acontecimentos que ocorrem na sua área e que exigem a sua intervenção, face ao gradual desinvestimento - na segurança em geral e na instituição em particular - e à incapacidade de atrair candidatos para preenchimento dos seus quadros de recursos humanos, deparou-se com a impossibilidade de se regenerar.
Esgotada a injusta solução de protelar no tempo as legítimas desvinculações funcionais face à idade dos trabalhadores, levando-as ao seu limite e, mesmo assim, incapaz de resolver ou atenuar o problema, será tempo de considerar outros cenários.
Para a organização, no modelo existente, estar dotada de profissionais em número suficiente em 2030, seria necessário que, nos próximos cinco anos, fôssemos capazes de recrutar, anualmente, 1500 candidatos. Considerando que a realidade dos últimos anos nos apresenta valores que não atingem, sequer, metade desse número, será necessária uma elevada dose de otimismo e fé para aceitar essa possibilidade. Utopia!
Reconhecido o problema, este é o momento decisivo para se alterar o modelo orgânico existente, ineficiente face à irreversível falta de polícias. Impõe-se a necessidade de criar e otimizar serviços a nível regional, adaptando a organização à lógica da nomenclatura de unidade territorial existente no país, extinguir esquadras e departamentos incapazes de produzirem segurança e que apenas contribuem para o consumo de recursos, erradicar redundâncias em todo o Sistema de Segurança Interna e, sobretudo, melhorar significativamente a remuneração destes polícias.
Com a assunção do problema, exige-se a adequada solução!