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Costuma-se dizer que vivemos num país de doutores. Qualquer um pode ser doutor e sentir o ego inchado. Nem precisa do doutoramento ou de ser médico, basta pôr uma gravata e empinar o nariz. E de repente, está criado um doutor instantâneo. E ai de quem se atrever a soltar um simples "senhor". Onde já de viu confundirem o "doutor" com uma pessoa comum. Daquelas que andam por aí normalmente e com quem os doutores têm o azar de se cruzar. Conv]em também não confundir um doutor com um engenheiro ou arquiteto, senão está o caldo entornado. E é por causa disso mesmo que, aparentemente, o novo diretor do Património Cultural, o Exmo. Senhor Doutorando João Soalheiro, quis pôr os pontos nos is. Parece que havia uns mal educados que, veja-se lá, começavam os e-mails por "boa tarde", sem afagar o ego do destinatário. Uma vergonha.