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Há mais de de 20 anos que não entro no Stop. Não faço parte daquele movimento de artistas e melómanos que voltou a dar vida a mais um centro comercial de primeira geração que estava a entrar em decadência, mas sempre gostei de saber que o espaço que fez parte da minha minha infância estava a ser bem utilizado para criar música. Tenho algumas memórias, ainda nos anos 90, de uma pista de carrinhos elétricos num dos corredores, que talvez funcionasse a moedas, não me consigo recordar. Havia também uma loja de modelismo, que me fascinava enquanto criança, e lembro-me de o meu tio contar histórias das aventuras de juventude que invariavelmente passavam por ali. É natural. Os meus avós viviam lá perto, na Barão de São Cosme, a uns minutos a pé pela Avenida Rodrigues de Freitas. E num ápice, voltou a ficar comatoso esta semana. Não sei por onde passa o futuro daquela “casa da música”, que vai reabrir temporariamente, mas esperemos que ninguém se lembre de fazer mais um projeto urbanístico de luxo ou um hotel (a cidade precisa tanto de mais um hotel...). Que se encontre uma solução definitiva e que a música volte a dar vida ao Stop!