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Já tudo se disse sobre as Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ). Porém, a razão juntou-se ao coração, e não resisti em voltar ao tema.
O evento realizado em Lisboa não tem paralelo! Não foi só o maior de sempre! Teve as maiores palavras de sempre. Que sejam transformadoras e unam todas as cidades do mundo.
A primeira imagem do Papa em chão português, é Ele, em cadeira de rodas, frente ao avião. Que essa imagem de inclusão e humildade, alastre no coração de tantos que ainda não aceitam a diferença, negligenciando as pessoas de mobilidade condicionada na família, na comunidade e no trabalho.
Desejo que as barreiras urbanísticas e arquitetónicas que ainda proliferam pelas ruas das nossas cidades, sejam eliminadas, por quem pode tomar decisões! De resto, um dos momentos altos de Francisco foi dizer que “a Igreja é de todos, todos, todos!”.
Mas se Lisboa foi o centro do mundo do futuro, foi Portugal inteiro quem recebeu os peregrinos vindos dos cantos do mundo, através das famílias de acolhimento. As JMJ iniciaram-se aí!
Nestes dias, independentemente da crença religiosa, fomos Francisco nas mensagens ouvidas como poemas: da paz à inclusão, da segurança à fraternidade, da pobreza mundial aos refugiados, onde deu nota dos que morrem nas águas do Mediterrâneo, das alterações climáticas à ecologia, da guerra europeia aos berços sem bebés. Enfim, deu voz aos problemas que os novos tempos, velozmente, nos imprimem, à escala mundial.
E o que nos pediu?
Que a pessoa esteja no centro das coreografias da vida. E suplicou: “Substituam os medos pelos sonhos! Não sejam administradores de medos, mas empreendedores de sonhos!”
Bem-haja, Papa Francisco.
Nunca mais vou ter medo!