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É curto e falacioso fazer de conta que este é um período de adaptação e transição. Desportivamente, a época é um falhanço rotundo que nem a hipótese de nos batermos com o Braga para o terceiro lugar salvará. Pior que uma derrota, é a forma como se sai dela. Após a goleada frente ao Benfica, mais uma, assistimos a salamaleques no final, uma equipa partida a fazer penitência à volta do estádio, um treinador que não consegue sequer explicar o que aconteceu na conferência e aparentemente assustado, sem ter ninguém da Direcção presente ao seu lado na sala de imprensa, jogadores feitos culpados a partir para estágio sem que alguém avise as famílias que os esperavam dentro do estádio, um plantel partido e a equacionar desobedecer às ordens do Presidente não fosse alguma voz de comando de Diogo Costa e de Marcano, uma carga policial sobre os adeptos do FC Porto enquanto tochas eram arremessadas pela claque do Benfica, criando o pânico, um jogo tortuoso onde mais recordes negativos foram alcançados ou batidos. É difícil imaginar o que pode ainda acontecer até ao fim da época.A entrada alçapão do FC Porto frente ao Benfica, a começar a perder aos 40 segundos, não lembra a ninguém. Um golo no primeiro minuto, um golo no último. No entretanto, uma demonstração confrangedora de incapacidade da qual os jogadores são os menos culpados. É preciso união, maturidade, planeamento, pensamento e é evidente que as decisões devem ser assumidas com os erros crassos de política desportiva que foram cometidos. O futuro tem que ser planeado em consonância e respeito por todos aqueles que amam o clube, não por quem se passeia nele.
*Adepto do F. C. Porto
O autor escreve segundo a antiga ortografia