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Nuno Monteiro da Silva. Já ouviu falar? E se eu lhe disser que é tenente-coronel da Força Aérea? Não? E se eu lhe disser que foi graças a ele que um avião comercial da Air Astana que andou aos rodopios no espaço aéreo nacional (completamente descontrolado, a ponto de querer amarar no Atlântico), pôde aterrar em segurança no aeródromo de Beja? O tenente-coronel ia aos comandos de um dos dois F-16 que guiaram os pilotos da aeronave do Cazaquistão até ao solo. E deu, há dias, uma entrevista memorável à SIC. Competência, abnegação, humildade, emoção e um aprumado sentido patriótico. "A Nossa Senhora do Ar nestes momentos aparece para dar uma ajuda preciosa". Na verdade, o "asa" que seguia no outro F-16 também foi determinante para que, um pouco por todo o Mundo, fosse dada uma boa notícia e não a de uma tragédia. Nuno Monteiro da Silva. O tenente-coronel não merece o anonimato. A facilidade com que os heróis avultam faz-nos esquecer que eles existem. E têm nome. Nuno Monteiro da Silva.
Jornalista