"Quem me conhece sabe que..." - esta expressão encerra tanto de desnecessário como de pateta, mas é das mais utilizadas pelos portugueses nas redes sociais, sem que se descodifique uma utilidade.
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Para os amigos, se de facto conhecem o autor, o que vem a seguir tem zero interesse; para os desconhecidos, torna-se irrelevante a primeira parte, uma vez que o interesse pode estar, precisamente, no que vem a seguir. Por que razão recorrem, então, os partilhadores intensivos a este tipo de palavras com utilidade abaixo de zero?
É isso que um investigador iraquiano procura descobrir através de um estudo desenvolvido com toupeiras do Suriname. Por esta altura já o leitor questionará os sujeitos usados no trabalho e até a origem. A explicação de Zafir Kahian é simples: as toupeiras do Suriname não escrevem coisas absurdas num telemóvel para os amigos lerem.
*Jornalista