Sempre que a transparência do Governo falha, abre-se mais uma janela para os extremismos, para os vendilhões do templo e para os populismos (não são tudo a mesma coisa?). A polémica em torno dos 133 mil euros em fundos comunitários recebidos por uma empresa do marido da ministra da Coesão é mais uma machadada que os eleitores resistentes têm de enfrentar. Os outros, aqueles milhares que já nem votam, que abandonaram a democracia no seu mais elementar papel, o de escrutinadores dos nomes que sobem à Assembleia da República para decidir os nossos dias, já só fazem like na notícia e siga a ver o que aconteceu aos moais (esculturas megalíticas) da ilha da Páscoa que foram destruídos por um incêndio. E é um corte porque a "obscuridade" traz sempre descrença. Vida longa a esses homens de pedra que resistem há mais tempo que a nossa democracia, cada vez mais em perigo - veja-se o regresso do fascismo a Itália - seja pela falta de transparência ou pelo desinteresse crescente na política. Os Governos têm de ser imaculados, "clarinhos como água", porque o contrário disto é a chama perigosa a que Marcelo aponta, a tentativa de nos fazer regresso à ditadura.
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