É muito importante a crítica fundamentada aos jornais, TV e rádios, e, mais ainda, que haja uma permanente discussão sobre o jornalismo e os jornalistas, essa espécie de curioso comportamento: impiedosos, cruéis mesmo, a criticarmo-nos uns aos outros, reagimos porém como puritanos se outros ousam apontar-nos qualquer erro.
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E até há mesmo muitas falhas a apontar, mas, lamentavelmente, quase não existe análise regular e sustentada à ação dos media. Mesmo que o escrutínio das redes sociais até possa ser positivo, existem ainda por aí muitos críticos de jornal que não leem mais do que a primeira página, muitos especialistas em gralhas no Twitter e cada vez mais descobridores de conspirações em títulos e artigos, armados em vigilantes da pureza com a missão de denunciar vendidos nas redações, que, segundo eles, geralmente são todos.
Não é surpreendente o crescimento da página do Facebook "Os Truques da Imprensa Portuguesa", cujo autor(es) não tem a coragem de assinar o seu nome nas suas críticas. Em Portugal, há muitos que gostam de estar no escuro, bem escondidos e agachados, a atirar pedras a quem passa sem medo. Convido o gestor a dizer quem é, até porque gostava de saber quem devo elogiar, quando existem motivos para isso. Há outra vantagem: ficaremos todos a saber se o verdadeiro ilusionista não será ele.