Apesar dos tempos conturbados que atravessamos na Europa a que pertencemos de pleno direito, vou fazer nesta crónica a proposta de um simulacro de guerra. Mas os estimados leitores que não se assustem, porque esta guerra não é a guerra que tem ocupado de uma forma obsessiva a agenda mediática dos últimos meses.
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Na semana passada fui reunir com várias empresas do setor têxtil e vestuário da Região Centro, mais concretamente em Viseu, Mangualde, Guarda e Covilhã. Foi no decurso deste périplo (em que aproveitei mais uma vez para testemunhar que esta indústria não está só no Norte) que fiquei a saber desta iniciativa original de simulacro que achei interessante partilhar com os leitores. Embora claro que os leitores que poderão ter mais interesse em aproveitar esta minha sugestão sejam sobretudo os que desenvolvem alguma atividade empresarial.
Tenho pena de não estar autorizado a divulgar o nome desta inovadora empresa da Região Centro, mas devo dizer que se trata de uma empresa do setor têxtil na área da segurança, cujo crescimento e desenvolvimento inovadores tenho vindo a acompanhar ao longo da última década.?
Estes exercícios de simulacro de emergências destinam-se exatamente a verificar que procedimentos devem ser adotados em situações de crise de vária índole e também para perceber se empresas e seus funcionários estão à altura dessas reações indispensáveis. Julgo que já estamos todos familiarizados há muito (eu próprio já me vi envolvido em algumas delas) com simulacros de incêndio e outras emergências, como ataques terroristas e mais recentemente situações de crise ligadas à pandemia.
Acontece que a empresa em causa aquilo que me anunciou é que vai fazer pela primeira vez um simulacro que, não correspondendo a nenhuma destas emergências recorrentes, visa a prevenção de um ciberataque.? Imagino que para alguns leitores esta iniciativa possa ainda ser considerada no capítulo do excesso de zelo. Outros pensarão porventura que este perigo só deve ser motivo de preocupação para as grandes empresas, como são os casos mais recentemente conhecidos que atingiram a Impresa (SIC/Expresso), a Sonae ou a rede de Laboratórios Germano de Sousa. A má notícia que tenho para os meus estimados leitores é que esta saga dos ciberataques é já hoje uma perigosa realidade para muitas outras empresas, pequenas e médias, de que só não ouvimos falar nos jornais e nas televisões, especialmente porque as próprias empresas vítimas não querem que se saiba.
É por causa disto que eu resolvi partilhar esta sugestão de todos começarmos a incluir um simulacro de ciberataque na nossa lista de prevenções a ter em conta.
Empresário