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Como tem sido habitual ao longo das últimas décadas, desde que em 1989 iniciamos o primeiro Quadro Comunitário de Apoio, após as ajudas de pré-adesão e os dois anos posteriores a 1986, assistimos ao exercício sempre complexo de encerramento de um ciclo de utilização de fundos estruturais, com o arranque do período seguinte de ajudas. Tomando como referência os programas mais recentes, temos que o QREN 2007-2013 decorreu na realidade entre 2008 e 2015, num total de oito anos, fruto da regra N+2 da Comissão Europeia para o encerramento físico e financeiro dos projetos. A ordem cronológica seguinte determinou que o PT 2020, formalmente previsto para 2014-2020, acabou na realidade por acontecer entre 2015 e o final 2023, num total de nove anos de execução efetiva. É por isso com natural ansiedade que aguardamos pelo PT 2030, que deveria ocorrer entre 2021 e 2027, com possibilidade de extensão até final de 2029, mas que só agora dá os primeiros sinais de vida. Restam-nos pouco mais de seis anos para a sua execução, o que nos obrigará a um esforço ainda maior.
Para que os objetivos definidos sejam possíveis de alcançar, será fundamental uma enorme concertação de esforços entre as autoridades gestoras e os beneficiários dos projetos aprovados. No caso do Norte 2030, o programa apresentado pelo seu responsável aponta para uma aposta clara no reforço da competitividade da economia regional, baseado na consolidação de uma estratégia de inovação, suportada na capacidade de translação do conhecimento gerado pelo conjunto das entidades, públicas e privadas, que dão suporte às atividades de investigação e desenvolvimento. É uma aposta global para o território, em que cada parcela do mesmo, de acordo com as suas especificidades, não poderá deixar de ser incluída e contribuir para o desígnio global. Estaremos juntos neste desafio coletivo, da região e do país.