Uma aprendizagem precoce para o sucesso futuro!
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O contacto das crianças com o mundo exterior deve realizar-se o mais cedo possível, principalmente pela essencialidade da socialização e da aprendizagem entre pares, para um desenvolvimento pessoal pleno e integral.
Pelo facto, aconselha-se que o sistema educativo do Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) integre a faixa etária dos 0 aos 3 anos, pese embora, em muitos casos, ainda seja difícil matricular crianças de 3 anos, também de 4, na Educação Pré-Escolar.
Portugal, por ora, está longe de alcançar os objetivos acima referidos, apesar de o trabalho que tem vindo a ser efetivado almejar essa meta, sendo certo que ao ser atingida produzirá resultados gratificantes nos anos letivos seguintes para todos os petizes.
Neste momento, querendo melhorar o desempenho dos resultados nos testes/provas internacionais, e também a nível interno, parece-me que a aposta certeira terá de incidir em especial no 1.º Ciclo.
Na verdade, é inadmissível que os alunos transitem para o 5.º ano de escolaridade com dificuldades na leitura, escrita, cálculo, na motricidade fina e ampla, muito descoordenados na realização de (alguns?) exercícios físicos. E isto acontece mais vezes do que é desejável!
Para isso, o crédito horário que o MECI faculta às escolas em cada ano letivo deverá ser reforçado, mormente para ser aplicado nas turmas do 1.º ao 4.º ano de escolaridade, numa idade em que os alicerces educacionais são edificados com a robustez necessária.
Este investimento terá, posteriormente, um retorno efetivo, pois o aluno que realize boas aprendizagens nos anos iniciais dos seus estudos entrará numa autoestrada de sucesso, aspirando a um percurso académico promissor, com as naturais dificuldades a serem mais facilmente ultrapassadas.
Enquanto isso não acontecer, o elevador social mantém-se ferido na sua engrenagem, e as escolas recorrem continuamente às mesmas medidas de sempre - apoios, aulas suplementares, coadjuvações, muitas delas ocupando a componente não letiva dos professores, afigurando-se uma mera remediação, que grosso modo não resulta, malgrado o esforço dos professores.
Faço votos para que esta minha expectativa se concretize no próximo ano letivo, sendo facultada a devida autonomia às escolas para a implementar e, certamente, os índices de sucesso aumentarão, a par da motivação dos alunos, reduzindo-se as taxas de insucesso e de abandono escolar.