A fé convida-me a conter ímpetos mais primários e a aligeirar a análise às eleições dos Estados Unidos, fazendo-a de uma forma positiva.
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O elemento importante que retiro destes dias só poderá ser confirmado em janeiro, nas eleições para a Presidência da República: se o interesse dos portugueses pelo voto resistir três meses, a taxa de abstenção afundará a níveis insignificantes, provavelmente uns pontos abaixo de Tino de Rans.
De resto, que me interesse verdadeiramente, o circo norte-americano nada trouxe de novo. Quem lê jornais sabia que Trump tinha ínfimas hipóteses de vencer e todas as possibilidades de espernear nos tribunais. Ele avisou.
E com o histórico de aldrabices, que foi partilhando, e vigarices, que foram sendo conhecidas ao longo de quatro anos, só me espanta a surpresa das pessoas face ao comportamento infantil e nada democrático deste ser cor de laranja, futuro ex-presidente da autoproclamada maior democracia do Mundo. Causa perdida: a sedução pelos EUA há de perdurar em Portugal, nem que seja nos hambúrgueres, no cinema ou na música.
* Jornalista