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“A arma é para usar quando é preciso!”. Sim, André Ventura regressou à sua agenda tradicional, ao defender mais autoridade para os polícias. Perante as últimas sondagens, que dão uma ligeira queda do Chega, Ventura procura não perder a sua base de apoio.
Mas, afinal, quem anda a usar a arma quando é preciso é Luís Montenegro, que ontem contou com o apoio de Durão Barroso, o ex-primeiro-ministro que abandonou o país para ir presidir à Comissão Europeia, deixando-o nas mãos de Santana Lopes e, depois, de José Sócrates. Uma ajuda com um pau de dois bicos, tal como aconteceu com Pedro Passos Coelho. Nesta altura é difícil dizer se estas aparições ajudam ou desajudam a AD. Por enquanto as sondagens dizem que sim, porque Montenegro está a crescer nas intenções de voto, apesar de o mar de indecisos ser ainda tumultuoso.
Os portugueses lembram-se de Durão como presidente da Comissão Europeia, mas também dos escândalos que acumulou: férias passadas com um dos magnatas gregos e a presidência da Goldman Sachs após sair do cargo europeu. Lembrando que foi este banco que ajudou a camuflar a verdadeira situação das contas da Grécia, mentindo à Comissão Europeia.