Corpo do artigo
É verdade que só saiu Gyokeres, mas o Sporting foi, até agora, o pior dos três grandes na abordagem ao mercado. E isso custou-lhe o primeiro troféu da época, a Supertaça. Em vez de andar a jogar ao braço de ferro com o sueco e respetivo agente, para no fim ganhar mais meia dúzia de milhões, o presidente Frederico Varandas deveria ter resolvido de forma célebre os dossiês que era preciso fechar no plantel, satisfazendo, dentro do razoável, os pedidos do treinador.
De cofres cheios, mesmo ainda antes de fechar a transferência de Gyokeres para o Arsenal - afinal, só as vendas Quenda e Essugo ao Chelsea fizeram entrar (ou vão fazer) mais de 70 milhões de euros em Alvalade -, Varandas perdeu-se numa batalha que terminaria, todos o sabemos, com a inevitável saída de Gyokeres e falhou no reforço da equipa, que precisa de outras armas para jogar no sistema 4x4x2 de Rui Borges.
Kochorashvili e Alisson Santos, que nem podia jogar a Supertaça, e a chegada em cima da hora de Luis Suárez é muito pouco para quem aspirava entrar na época a ganhar, reforçando as ambições ao tricampeonato, sobretudo face às fortes apostas de Benfica e F. C. Porto. Varandas e quem o acompanha no futebol - já não há Hugo Viana, convém lembrar aos mais distraídos - tardam a perceber que o 3x4x3 de Amorim é passado e que Rui Borges precisa de outra gente para desenvolver o 4x4x2. Vagiannidis e Ricardo Mangas, que estão a chegar, já deviam andar por Alcochete há muito tempo. E também Jota Silva, já agora.