Nunca consegui entender a ausência de pilotos portugueses nas grandes competições automóveis.
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Tiago Monteiro, Pedro Lamy e mais uns quantos, poucos, são sempre exceções em décadas desertas. Dizem-me que os patrocinadores não apostam nos portugueses e alguns argumentam que há falta de perícia ao volante, o que considero uma heresia, atendendo à quantidade de multas por excesso de velocidade, que estão sempre a aumentar. Ainda ontem, por exemplo, um português deixou bem claro que andar a alta velocidade é connosco, ao ser apanhado a 228 km/h em Espanha. E não faltam situações a confirmar o nosso jeito para acelerar. Aliás, nem é preciso recorrer ao radar para verificar a velocidade supersónica a que circulam alguns setores da sociedade portuguesa. Os deputados, por vezes tão lentos a aprovar coisas simples, deslocam-se à velocidade da luz em período eleitoral. Conseguem estar a 400 km de distância numa inauguração e escassas horas depois sentados no Parlamento. Em breve arranca a campanha eleitoral, se a Polícia estiver atenta, nem precisa dos radares. É fazer contas e passar as multas.
Jornalista