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Entrámos em Faro, cientes, colados ao simbolismo do jogo e à real importância das coisas. Capazes de reconhecer a relatividade do resultado perante a dor do momento mas também com a vontade, indómita, de oferecer uma vitória ao ânimo colectivo e, indiscutivelmente, a Jorge Nuno Pinto da Costa, presente como figura maior de um destino que o F. C. Porto tem tido dificuldade em amarrar. Vencer era imperioso, não só pelo sal do empate em Alvalade mas também pela perspectiva do Braga perder pontos em Guimarães, o que veio a suceder. Acima de tudo, a necessidade de reatar o compromisso com as vitórias depois de uma sequência de jogos pobre e mal-agradecida até em relação ao passado mais recente. Sem brilhantismo ou segurança, o mais importante foi materializado em 3 pontos. Os sobressaltos, muitos.
É evidente que a equipa tenta crescer no desconforto mas sobressai pela vontade não correspondida de acerto que se espelha a cada ligação, tanto na contenção do adversário como quando tenta fazer a diferença, tomando a iniciativa. Com alguns titulares no banco em regime de descanso activo ou poupança para Roma, Anselmi rodou jogadores e a equipa respondeu com a sua primeira vitória na Liga. Tudo o que assoma em coragem, casa com ausência de segurança. Mora acrescenta ao jogo e Fábio Vieira surge mais influente, sendo que a nota sinistra do jogo reside na triste lesão de Vasco Sousa, atropelado em voo por um adversário absolutamente inconsciente. Roma será teste de fogo para o regresso ao Dragão frente a um Vitória que, neste ano, só perdeu um jogo para a Liga.