Corpo do artigo
A perceção é (quase) tudo. E nos vinhos é mesmo fundamental. Já vários testes mostraram que muito dificilmente um palato pouco treinado, e até palatos que terão passado pelo ginásio, consegue distinguir uma garrafa de algumas dezenas de euros de outra de centenas ou milhares. O dinheiro não compra qualidade, compra estatuto, compra poder, compra endorfinas que fazem com que o sabor pareça outro, pela perceção de exclusividade, quando o produto é o mesmo. E foi isso que percebeu um grupo de chico-espertos, que encheu garrafas velhas com vinho corrente e as vendeu por 15 mil euros. Saiu que nem pãezinhos quentes. Mas nós também fomos enganados, mesmo não bebendo. Percebemos que havia mesmo um cisma entre o Luís e o Pedro, mas afinal está tudo bem. O Orçamento segue em frente, sob o olhar ameaçador de Marcelo.