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A Autoridade Nacional para a Segurança Rodoviária acaba de divulgar o Relatório de Sinistralidade Rodoviária do primeiro semestre, observando-se um aumento substancial de acidentes com vítimas. Nas estradas portuguesas e regiões autónomas, registaram-se 287 vítimas mortais, 1523 feridos graves e 24 323 feridos leves.
Só neste semestre, e comparativamente com o período homólogo de 2022, observaram-se aumentos em todos os indicadores: mais 9% de acidentes, mais 13% de vítimas mortais, mais 6% de feridos graves e mais 9% de feridos leves, ou seja, uma grande catástrofe em Portugal mata todos os dias, quase de forma silenciosa.
Só no primeiro semestre o número de mortos foi similar ao que aconteceria se caísse um avião tipo Airbus A310. É certo que teria maior impacto, enquanto tragédia, um acidente de avião, porém o número de mortes é o mesmo! Recordo, ainda, que esta é a causa do maior flagelo de mortes de crianças e adolescentes em Portugal, cujos acidentes se dão, tendencialmente, em meio urbano! Assim, o que se está a passar? Ou o que não estamos a fazer para reduzir estes números horríveis de violência viária? Quem não teve algum caso na família, nos amigos ou conhecidos? Este é um problema que urge resolver!
De salientar que, ao contrário do que era previsto, neste mesmo período, verificou-se um aumento do tráfego automóvel, com o correspondente acréscimo no risco de acidente. Aliás, aumentou o consumo de combustível, mesmo quando os custos disparam todos os dias.
Em suma, estamos perante um flagelo coletivo que urge mitigar. E cabe a cada um de nós, encontrar novas atitudes de mobilidade para que esta violência viária não continue a proliferar.
E não esqueça: “Dê prioridade à vida”.