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O Braga venceu apenas cinco dos 21 jogos da Liga que disputou como visitante em Faro. Pior, a derrota tanto surpreendente como contundente da época passada (3-1) estava bem fresca na memória dos bracarenses. Ou seja, Faro é um destino mais duro do que parece e o jogo desta jornada voltou a mostrá-lo aos mais esquecidos.
A distância da deslocação, as dimensões do relvado do Estádio de São Luís e a força da massa adepta que preenche as bancadas são razões para algumas das dificuldades que os adversários sentem naquele estádio. É por isso que não se compreende que a Liga autorize que o Farense possa prescindir dessa força extra quando defronta Porto, Benfica e Sporting. Em nome da justiça da competição, os clubes têm que fazer escolhas e não deveriam ser autorizados a mudar de estádio conforme o adversário.
Foi um Braga cínico mas muito eficaz que arrancou a vitória preciosa de Faro. A oitava numa série de dez jogos desde que Carlos Carvalhal descobriu a fórmula que põe esta equipa a ganhar. Gabri Martinez voltou a ser decisivo, apareceu na cara do golo e não desperdiçou a oportunidade depois do toque providencial de Ricardo Horta que desviou o cruzamento de Furtado.
Os adeptos que se deslocaram ao Algarve sorriram ainda que a luta pelos lugares da frente se mantenha inalterada. Enquanto isso, de uma forma tranquila e discreta, o Braga continua a lançar jogadores da sua formação: Diego Rodrigues e Rúben Furtado voltaram a ganhar tempo que é experiência, tendo o último participado no golo decisivo. Com tantas provas dadas, é tempo de se voltar a ser feliz com a ideia de que o Braga pode fazer mais do que o quarto.
*Adepto do Braga