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Assistimos a mais um fecho de época turbulento do futebol nacional. Como sempre, quem ganha ou é beneficiado assobia para o lado; quem perde ou se sente prejudicado dispara em todas as direções. Foi isso que sucedeu após a final da Taça de Portugal. O pisão de Matheus Reis na cabeça de Belotti – já perdemos a conta às situações lamentáveis envolvendo o defesa do Sporting -, o qual inexplicavelmente, é verdade, passou em claro ao árbitro, ao assistente e, sobretudo, ao VAR, levou o Benfica colocar tudo e todos em causa, pouco tempo após a eleição de novos presidentes na Federação Portuguesa de Futebol (Pedro Proença) e na Liga (Reinaldo Teixeira)
Em vez de se centrarem no essencial, a inação da equipa de arbitragem no dito lance, as águias ameaçam colocar em causa o futebol português junto da FIFA, UEFA e IFAB, tudo em nome da verdade desportiva (apregoada só quando dá jeito), afastam-se de projetos (centralização dos direitos de TV) e caem no ridículo de não querem receber jogos de Portugal na Luz. Isto só acontece porque o Benfica deixou fugir uma vitória que parecia certa, muito por culpa própria. Não tivesse existido aquele penálti e o ruído seria menor ou inexistente, mas é frustrante deixar fugir o título na Luz e perder também a final da Taça para o rival do lado. Zangam-se os “compadres” e volta a instalar-se a confusão, com as baterias apontadas a Pedro Proença e Reinaldo Teixeira, que começaram ainda agora os seus mandatos. É preciso bom senso, não continuar a dar tiros nos pés.
*Editor-adjunto