A "politicofobia" é algo que os cidadãos têm em relação a tudo que seja política e gire à sua volta. Esta rejeição tem de mudar, pois fica a sensação que os políticos são todos iguais e que não há volta a dar.
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Felizmente ainda há exemplos de políticos sérios, que não se deslumbram com o poder e respeitam-no.
É uma estranha atitude evitar a política, mas ela comanda as vidas. A política existe e tem razão de ser como pressuposto para resolver os problemas das pessoas, e não para resolver a vida de quem nos dirige. A política é um meio de ação pelo bem público e não um modo de vida.
Os cidadãos que mais se distanciam da política são os que mais sofrem, sentem na pele e nos seus bolsos. Segundo Platão, "não há nada de errado com aqueles que não gostam de política, simplesmente serão governados por aqueles que gostam".
A opinião pública vive num enorme desassossego, por erros descomunais de gestão e de privilégios injustificáveis. Perante o que se está a passar na política portuguesa, o Estado não honra a sua palavra e deixou de ser uma pessoa de bem.
Sou a favor de uma revolução pacífica de ideias, comportamentos e mentalidades. Os portugueses são contra o uso indevido de verbas públicas, deste modo, a aplicação dos seus impostos ao longo dos anos tem sido usurpada.
Quando não há exemplos de quem manda e exerce o poder, não nos resta mais nada a não ser indignação, pela falta de justiça e castigo proporcional a quem em tantos aspectos nos defrauda.
Actualmente não se põe em prática a exigência, tanto por corrupção, como por incompetência manifesta. Há sempre uma espessa cortina a ocultar a actuação. Está na hora de se exigir responsabilidades.
Temos que começar a ligar mais a tudo o que se relaciona com a política para estarmos informados e termos uma opinião avalizada.
*Biólogo, fundador do Clube dos Pensadores