Acabo de imprimir o programa do XXII Governo Constitucional. Um pesado documento de 190 páginas que demorarei a ler.
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Fico, aliás, sempre espantada como tantos e tão depressa já tudo viram e tudo sabem do que foi escrito a este respeito. Defeito meu.
Por outro lado, talvez bastasse um A4.
Talvez se pudesse dizer que o Programa do XXII Governo Constitucional seria tudo fazer para que Portugal deixasse de ter:
1. Apenas 13,9% da população com menos de 15 anos no total da população residente.
2. 153 idosos por cada 100 jovens.
3. Um rendimento anual médio (em PPS) de apenas cerca de um terço do Luxemburgo.
4. Os 20% mais ricos a ganhar quase seis vezes mais que os 20% mais pobres
5. Uma taxa de risco de pobreza após transferências sociais de 18,3%.
6. Uma taxa de risco de pobreza dos jovens com menos de 16 anos após transferências sociais de 19,1%.
7. Uma população sem capacidade para assegurar o pagamento de despesas inesperadas de 36,9%.
8. Uma taxa de abandono escolar entre os 18 e 24 anos de 11,8%.
9. Uma população residente sem o Ensino Secundário ou Superior entre os 25 e 64 anos de 50,2%.
10. Apenas 33,4% da sua população residente entre os 30 e 34 anos com o Ensino Superior.
11. 49,4% dos empregadores sem o Ensino Secundário ou Superior contra 16,6% da média da UE (28).
12. Uma produtividade laboral por hora de trabalho de apenas 64,1.
13. Os preços da eletricidade para utilizadores domésticos mais caros da UE (28).
Os dados são cortesia da Pordata (Retrato de Portugal na Europa, outubro de 2019).
Portugal já teve, desde o 25 de Abril, 21 governos constitucionais e recebeu cerca de 130 mil milhões de euros (preços de 2011) de ajudas comunitárias desde 1986.
Este texto tem menos de 2000 carateres.
*ANALISTA FINANCEIRA