Obrigado, professores
Só nos temos lembrado de agradecer a quem sai de casa para ir trabalhar. Só nos temos lembrado dos médicos e dos enfermeiros, dos auxiliares e dos bombeiros, dos polícias, dos assistentes sociais e de muitos cidadãos que praticam a solidariedade. Todos eles são heróis e merecem reconhecimento.
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Mas desta vez há outros heróis. Silenciosos e discretos, mas tão grandes como estes, ou ainda maiores: os professores.
Quem ficou fechado em casa com filhos em idade escolar sabe melhor que ninguém quão absolutamente inestimável é o papel que os professores têm tido na vida quotidiana. Muito maior que antes, quando o Mundo era diferente.
Os professores foram capazes de se adaptar a condições de trabalho distintas mais depressa que qualquer outra classe profissional. E sem qualquer reserva ou protesto. Sem um lamento. Com espírito de classe e de entreajuda notáveis. É bom que se diga.
Desta vez, eles são um exemplo de inovação e capacidade. Um exemplo para advogados e tribunais, psicólogos e consultórios clínicos, repartições públicas e todas as profissões onde o teletrabalho seja possível de executar.
A rapidez com que a Escola se adaptou à distância não seria possível sem a cooperação exemplar dos professores. Ao contrário de outras vezes, em que estiveram do lado errado da inovação, desta vez não chagam parabéns. Obrigado, professoras e professores.
Obrigado a todos quantos estão em casa a dar aulas aos nossos filhos. Obrigado, professor Jorge, professora Clara. Obrigado por virem a nossa casa aliviar o nosso confinamento. Obrigado por se ocuparem dos nossos filhos, às vezes um a um, e nos permitirem ter um pouco de tempo livre para nós. Sem a vossa ajuda, tudo seria ainda mais difícil.
Especialista em Media Intelligence

