Expropriados pela Continental em Famalicão contestam valores em tribunal
Donos de armazéns no Centro de Negócios em Lousado, Vila Nova de Famalicão, querem que a empresa de pneus pague mais. Visada diz que está a cumprir a lei.
Corpo do artigo
Os proprietários de dois armazéns do Centro de Negócios do Vale do Ave, em Lousado, Famalicão, - onde vai nascer o Parque Industrial da Continental Mabor - estão descontentes com o valor das expropriações de que estão a ser alvo.
A indústria de pneus vai ampliar a área de produção e armazenagem para aquele local, mas não conseguiu adquirir todas as frações. Por isso, avançou para a expropriação.
Carlos Figueiredo e Adelino Escudeiro estão a ser expropriados e consideram que o montante indemnizatório não é "justo" por ficar aquém do valor real. Vão contestar em tribunal.
O Centro de Negócios está devoluto há vários anos e a degradação é visível. Os dois proprietários reconhecem que algumas frações estão em ruína, mas consideram que não é o caso das suas propriedades. Adelino ainda usa o espaço que ali possui como armazém de apoio à sua oficina enquanto que o de Carlos está devoluto.
Segundo Carlos Figueiredo quando a Continental informou que ia avançar para a expropriação por utilidade pública propôs 16.067,36 euros. A expropriação foi publicada em abril de 2021 e o tribunal nomeou uma equipa para avaliar os espaços. Concluiu que 20.911,4 euros é a "justa indemnização" para o pavilhão de Carlos.
"Com 35 mil euros renovo o meu armazém e instalo ali a minha empresa", diz. Considera que a Continental deveria pagar o valor tributável nas finanças que é cerca de 75 mil euros ou arranjar-lhe um pavilhão "nas mesmas condições num raio de cinco quilómetros".
A Continental diz que fez tudo cumprindo a lei, escusando-se a fazer mais comentários uma vez que o processo está entregue à justiça.