Num clima pouco convidativo a ensaios, a freguesia de Vitória não se deixa afectar e coordena todos os passos para a nova coreografia que irá apresentar nas rusgas de S.João.
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Em frente à Cadeia da Relação, no Porto, reúnem-se pequenos e graúdos para dar corpo aquela que é a rusga da segunda freguesia mais antiga da cidade.
"É já o quinto ou sexto ano e sempre com vontade de participar" afirma Luís Santos, tesoureiro da Junta. "Se tivermos uma boa classificação tanto melhor, mas o que nos leva a estar presentes é sem dúvida a participação", acrescenta.
Cerca de 100 a 120 pessoas estão presentes. O tema este ano é "A revolta dos taberneiros", e, tal como tem acontecido em anos anteriores, os temas estão relacionados com a história da freguesia e da cidade.
Segundo Luís Santos, a revolta dos taberneiros deu-se no século XVIII no tempo do Marquês de Pombal, quando este quis acabar com as tabernas, o que não deixou os taberneiros muito contentes.
"A revolta deu-se em Fevereiro de 1756 e a rusga deste ano vai tentar recriar, ao máximo, esse mesmo acontecimento", explica Luís Silva.
Como é habitual, as rusgas da freguesia remontam para a história, mas o objectivo principal continua a ser o mesmo: alegrar a noite são joanina.