Livro evoca data histórica, que foi escolhida em votação lançada pelo JN
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Há quadras para todos os gostos, que metem sardinhas, balões, fogueiras, alhos-porros e outros emblemas da festa que é mais festa no Porto. Ao todo, são 100. De 100 autores distintos. Quase todos poetas de ocasião. E até o bispo do Porto, D. Manuel Clemente, o presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, e o presidente da Câmara de Gaia, Luís Filipe Menezes, deram uma mãozinha e juntaram as palavras em verso, ao ritmo dos bailaricos populares que, por este mês, vão animando a cidade.
Mas há mais gente com jeito para a rima. Gente de vários quadrantes: Guilherme Pinto, Germano Silva, César Príncipe, José Mário Branco, Luís Portela, Urbano Tavares Rodrigues, Júlio Gago...
"O Livro do S. João" reúne uma centena de quadras. Está à venda nas bancas até ao próximo dia 24. Custa três euros.
Há uma razão para o número redondo de quadras. São 100, porque em 2011 se assinala precisamente o centenário da escolha do S. João como feriado municipal do Porto. Uma escolha democrática - foi através de referendo que o povo falou. E o povo falou através do Jornal de Notícias, que teve a iniciativa de lançar a votação, com a aceitação da Comissão Administrativa do Município (equivalia à actual Câmara).
Mais de 11 mil pessoas disseram de sua justiça. E a esmagadora maioria escolheu o S. João (6565 votos). O dia 24 de Junho não deu hipóteses às restantes alternativas, entre as quais se encontravam o Dia do Trabalhador (1 de Maio), o Dia de Nossa Senhora da Conceição (8 de Dezembro) e o dia 9 de Julho (data do desembarque do exército libertador por altura das Invasões Francesas, em 1832).